Abaixo a desilusão!

Eu choro quando percebo que todas as historias românticas que leio nunca aconteceram comigo. Eu  choro quando percebo que não sei realmente se quero que alguma delas aconteça comigo, talvez os filmes estejam nos iludindo demais, os desenhos no fazendo crer que existe um amor eterno. A metade da laranja ou até mesmo a tal alma gêmea. Nos iludimos quando assistimos filmes românticos que acabam bem.

Nos iludimos quando achamos que  aquela comedia romântica vai acontecer, até os 13 anos eu podia jurar que minha vida seria como no filme “Nunca fui beijada” era quase um sonho. Hoje percebo o quão ingênua fui, meu primeiro beijo não foi aos 25, eu não fui a um baile de formatura e não teria chances de eu virar editora chefa de um jornal. Quando somos mais novos pensamos em tantas coisas, em casar, ter uma historia de amor a la filmes hollywoodianos e viver felizes para sempre.

O “felizes para sempre” não é fim da historia, é o começo de outra historia, uma que não sabemos, não fazemos parte , nem ao menos conhecemos. Foi inventado para nos fazer achar que no fim tudo acaba bem, não 'to querendo desiludir ninguém, mas nem sempre acaba bem, acho que se nos dermos conta disso, que talvez exista sim um amor assim, forte o bastante para superar esse mundo cruel, a gente consiga amar mais.

Sem felizes para sempre ou canções de final de filme. Amar ao próximo, ajudar, respeitar, confiar. É disso que precisamos, não só daquele amor arrebatador e maravilhoso que encontramos nas páginas dos livros ou em filmes. Precisamos de um amor que reja o mundo que nos faça crescer, de todas as formas.