Resenha — O segredo de Indie

"O que você faria para se encaixar em padrões estabelecidos?

Mais do que qualquer outra coisa, Indigo Russell anseia para se encaixar. E se ela não pode fazer isso, então ela vai se contentar em esconder-se no fundo, o que ela conseguiu fazer muito bem ao longo dos últimos anos. Para a maioria de seu colégio, o Ridgemont High, ela é apenas mais uma adolescente andando pelos corredores, rabiscando em seu caderno durante a aula, sem nunca levantar a mão. Um aluno médio. Isso é o que ela gostaria que você pensasse.

Mas Indie não é média; ela é diferente. Ela tem visões, e visões que lhe permitem ver o futuro. Somente sua família e sua melhor amiga, Lacey, sabem sobre isso. Mas quando ela vê o namorado de Lacey com outra garota, Indie tem de decidir se passa a confiar em seus instintos ou em suas amigas. Como ela se aproxima de John, um solitário e enigmático garoto, recém-transferido para sua escola, as visões se intensificam, ameaçando não só para alterar a vida dos outros, mas também expor seu segredo tão bem guardado até agora."

Confesso, estou profundamente decepcionada. O livro que vou resenhar hoje veio até mim através de um Book Tour feito por uma editora. A história é de uma garota chamada Índigo Russel, que consegue ver o futuro e falar com fantasmas. Mas, como esse ano estou tendo um azar infinito com livros, esse livro foi uma tortura.

Pensei realmente se viria aqui e teria coragem de falar bem, por ser um book tour, mas não consigo. E acredito que a partir de agora não quero mais livros que tenham vindo de editoras, porque torna ainda mais difícil falar a verdade sobre os livros. O que eu vi e o que senti esse livro foi uma vergonha alheia enorme. Acredito que boa parte de vocês se lembra do livro que resenhei lá pro meio do ano, Graham, esse conseguiu ficar no mesmo nível. E é difícil, porque aquele livro era o cumulo.

O que acontece é, essa garota tem sérios problemas de insegurança e desde o começo do livro é possível ler isso, eu não sou fã de personagens inseguras, é um fato e não gostei dela, Indie tem uma melhor amiga que é fútil e que ela endeusa como se fosse a melhor pessoa do mundo. Uma amizade anos que em um momento do livro é rompida por causa de um motivo tão idiota que parece coisa de fanfic.

Ela vai a uma festa com o namorado da amiga e nessa festa ela vê o cara que ela é super afim e conversa com ele. Mas então uma de suas visões se concretiza e ela não sabe se acontece mesmo, porque estava bêbada (com um copo) ou se foi coisa da mente dela. A partir dessa festa algumas coisas começam a acontecer, ela pensa em refazer uma banda que ela tinha com algumas colegas, a amizade dela vai para o fundo do poço e o cara que ela gosta John Smith (o nome mais simples dos EUA), começa a se interessar por ela.

O cara é misterioso de um jeito idiota, o que me faz pensar em que as autoras — por que esse sacrilégio foi escrito por duas pessoas — estavam pensando quando escreveram isso. A personagem além de insegura, acha que é um monstro pelo fato de não ser igual às outras pessoas, no primeiro mês de namoro com o cara diz "se ele me deixar, eu morro". E outras coisas que tornaram ela, uma das piores personagens que tive o desprazer de ler.

A narrativa é mediada, não tem nada de bom ou extraordinário, em alguns momento eu pensei estar lendo uma fanfic razoavelmente escrita. O livro é dividido em três partes, mas eu realmente não consigo entender porque fizeram isso, não teve motivos lógicos para isso. E a narração em primeira pessoa, que não suporto, me deixou mais chateada ainda. Não recomendo, não consegui nem rir com o livro como aconteceu com Graham.

É isso. E outra coisa, no Skoob as notas são boas e as resenhas são ótimas, fico me perguntando como as pessoas gostam de um enredo que não se desenvolve, de uma personagem que não cresce ao longo da história, de personagens que não são cativantes e de um enredo batido. Espero, sinceramente não ter mais que ler algo assim. Foi minha segunda decepção do ano.