Resenha - Cidades de Papel




Bem, eu escolhi Cidades de Papel como um dos livros que lerei no começo desse ano, porque achei o nome super interessante e já havia ouvido falar muito bem das histórias de John Green. 



Titulo original : Paper Towns
Autor : John Green
Páginas: 368
Editora: Intrínseca
Sobre o autor : Com mais de 1 milhão de seguidores no Twitter, é autor best-seller do The New York Times, premiado com a Printz Medal e o Printz Honor da American Library Association e com o Edgar Award, além de ter sido duas vezes finalista do premio literário do LA Times. Com o irmao, Hank, mantém o canal do YouTube "Vlogbrothers", um dos projetos de vídeo on-line mais populares do mundo. Mora com a mulher e o filho em Indianápolis, Indiana.




"— Na última vez que senti tanto medo, mijei nas calças.
— Na última vez que senti tanto medo — diz Radar —, foi porque tive que
enfrentar o Lorde das Trevas para tornar o mundo um local seguro para os
bruxos.
Fiz uma tentativa meio caída:
— Na última vez que senti tanto medo, tive que dormir no quarto de
minha mãe.
Ben solta uma risada.
— Q,se eu fosse você, ficaria com medo assim Todas. As. Noites."


Eu poderia começar essa resenha com a sinopse, mas ela não é legal. Na verdade, nem li a sinopse antes de ler o livro, porque, talvez, eu não lesse se houvesse lido a sinopse. Parece confuso. Mas não é, deixe-me terminar. O livro Cidades de Papel, de John Green fala sobre Quentin Jacobsen, apelidado pelos amigos de Q, um nerd chato pra caramba que é apaixonado desde os 9 anos pela ex amiga de infância e vizinha Margo Roth Spiegelman. Uma noite Margo o chama para sair, fazer algumas coisas que segundo ela serão ilegais e algumas realmente são. Ele aceita e os dois passam uma noite se vingando de algumas pessoas da vida de Margo.  No dia seguinte da grande aventura, Margo some e deixa para Quentin pistas. Como ela já havia fugido anteriormente, Quentin segue as pistas que ela deixou, para encontrá-la.

É basicamente isso que a sinopse quer dizer.  Mas é enorme e entediante como o livro. Sim, vamos ao livro. Realmente, o que acontece é Q é um garoto que tem como o ponto alto da sua vida dirigir a Minivan da sua mãe e Jogar Resurrection com seus amigos. Quando Margo, que tem a janela do quarto para frente da janela do quarto dele, abre a janela e entra no quarto dele o chamando para ajudá-la em uma noite de vingança, Q reluta um pouco em ajudá-la. Mas ele tem uma paixão platônica por Margo e aceita facilmente. Só que Margo não é amiga dele, eles eram amigos na infância e apesar de estudarem no mesmo colégio, não são da mesma turma.

Margo é popular, vive entre os populares e segundo ele, é a Rainha da escola. Q é só mais um nerd e nem tão nerd assim. Eles vão em uma noite divertida onde eles invadem a casa de uma das amigas de Margo, pregam uma peça no namorado dela e fazem muitas coisas malucas como invadir o Seaworld... Quando a noite acaba, Q tem várias teorias sobre o que vai acontecer no dia seguinte...Se Margo vai se sentar com ele - porque ela disse estar descontente com seus amigos - ou se ela vai continuar com os populares... Mas tudo isso se torna uma besteira quando ele descobre que ela fugiu novamente.

A garota já fugiu algumas vezes e isso causa insatisfação nos pais dela - que pelo que é dito no livro, não são tão bons assim  - que resolvem logo trocar a fechadura de casa. Os pais de Q, que são psicólogos, não concordam em nada com isso, mas tentam acalmar os vizinhos. A policia se envolve, mas não faz muita coisa, porque Margo tem 18 anos e pode ir embora a hora que quiser. Só que ela deixa algumas pistas para Q, pistas que fazem com que ele fique em um tipo de loucura atrás dela, o cara passa a noite de Formatura em um Centro Comercial abandonado, o lugar onde Margo havia ido antes de desaparecer.

Acho que John Green pecou com esse livro, nunca li um livro dele antes e achei que com esse nome, esse livro seria maravilho o bastante para que eu o lesse e me apaixonasse pelo cara. Mas não. O que aconteceu foi, a ideia era boa, o nome era bom, a história poderia ter sido boa e começou sim nos deixando em expectativa, mas chegou um momento do livro em que não dava mais para ler sem sentir que ele estava tentando "encher linguiça" como li em um dos comentários de uma resenha que vi sobre o livro. E é a verdade, tem muita coisa que poderia ser resolvida com muito menos do que isso. 

O livro se torna cansativo e chato e Q é um personagem chato, o primeiro personagem principal que eu não gosto em anos. Ou melhor o primeiro personagem principal que não me agradava na vida. O que salva o livro, com toda certeza é o trio que eu escolhi como "O trio de ouro" do livro. Radar, que é um super amigo e ajuda Q em momentos que se fosse eu, não ajudaria. Tem Ben, que as vezes não quer ajudar Q  com razão -  ele se torna um psicopata na procura pela Margo e muito egoísta - , mas ajuda e além de um amigo legal, é super engraçado. E tem Lacey, que é amiga de Margo e se junta a eles nessa busca... Gosto bastante dela também e acho que se não fosse por esses três, o livro estaria perdido.

Bem, tem algo que eu queria dizer antes de terminar essa resenha. Q ao longo do livro se torna meio obsessivo pela busca de Margo. Uma Margo que raramente falava com ele. Uma Margo que ele não tinha nenhuma ligação, depois de muitos anos sem a amizade dele. Uma Margo que afinal, é totalmente diferente do que ele pensa. A cena final pode ter sim, sido bonita, mas não apaga o final sem noção do livro, não apaga a encheção de linguiça que o autor fez com o livro e não apaga a merda de personagem que Quentin Jacobsen é. Sinceramente, foi a minha primeira decepção do ano, mas eu vou tentar outro livro de John Green e ver o que acontece. Até lá, tentarei esquecer o que Cidades de Papel representou na minha vida: Um grande cansaço mental!







Resenha - Cidades de Papel Resenha - Cidades de Papel Reviewed by A escritora sonhadora on 19:23 Rating: 5

2 comentários

  1. Oi Lana!
    Também me decpcionei com John Green, mas foi no livro "A culpa é das estrelas". Pelo que eu lia em várias resenhas por ai, tinha tudo para ser o livro da minha vida, mas ao terminar de ler o livro, que não é ruim, pelo contrario é uma boa história, mas apesar disso não tinha nada de extraordinário e que JG é um autor como tantos outros. Resolvi dar uma segunda chance ao autor, mas pelo que li em sua resenha não irei por esse caminho e talvez leio o "Theorema Katherine!"

    Grande Abraço
    Claudinei Barbosa
    http://resenhandoecontando.blogspot.com

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    Respostas
    1. Oi Claudinei!
      Bem eu quero ler A culpa é das estrelas, porque fiquei curiosa, mas esse, que era o livro que eu esperava alguma coisa, não foi. E eu espero que alguma coisa melhore no próximo livro dele que eu ler. Concordo com você, JG é um autor com muitos por ai, não vi nada de tão especial e foi realmente decepcionante. Tentarei outro livro dele para não ficar com a impressão ruim que eu fiquei do livro... Também quero ler o Teorema Katherine e espero que esse não decepcione. Obrigada pelo comentário.

      Beijoos!

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