Diário de uma azarada - Ano Novo , Apagão, Insolação,Praia com os amigos, Cachaceira e ..."Meu cabelo...."

Oi gente, como estão ? Eu espero que bem. Eu vim contar como sofri no Ano Novo, o que já era de se esperar, porque não existe um Ano Novo em que eu fique totalmente bem. Passei o Ano Novo na ilha, na casa do meu avô. Eramos somente eu, minha mãe, meu tio e meu avô. Enquanto todos estavam indo para a praia para verem os fogos de lá, eu resolvi ficar em casa com a família. E nem foi porque sempre que eu saio Ano Novo algo acontece comigo, porque achei que a tradição terrível havia acabado, o que aconteceu foi, eu fiquei em casa, lendo no celular e quando houve a virada do ano, abracei a família o resto do pessoal voltou para casa e eu resolvi dar uma volta.

Só que eu não gosto da música que tocava na praça, não gostava de um monte de gente dançando aquela coisa, nem do som tão alto quanto estava. Rodamos, rodamos e eu já tava maluca pra ir embora. Eu, minha mãe, minha prima, a filha da minha prima e um amigo demos meia volta e quando estávamos em uma praça atrás de toda a "Muvulca" - Como é carinhosamente apelidada. Encontramos minha tia, meu primo e mais alguns conhecidos no momento em que houve um apagou. Eu tenho medo de escuro, não vou mentir,  e a primeira coisa que fiz quando eu me vi sozinha no meio daquela escuridão foi gritar bem alto. 

A luz voltou quase na mesma hora, então todos resolvemos nos juntar para voltar para casa. Um rapaz nos seguiu e então tivemos que driblar-lo. Demos tantas voltar para fugirmos do homem. Segundo minha mãe, ele estava atrás  de "um relógio  de 10 reais e esse colar de 2 reais". O que acontece é que a ilha se torna mais perigosa nessas épocas e como toda minha família é de lá, nós já temos consciência de como é andar no Ano Novo pela ilha, ninguém se arrisca a levar coisas caras pra rua. Eu mesma deixei celular, bolsa, tudo em casa, porque sei como é ir pra rua com um monte de coisas.

E foi como em um filme - idiota dizer isso, mas é a verdade - eu estava morrendo de medo porque o rapaz estava mesmo nos cercando, ele chegou perto daquele grupo enorme, com um monte de gente, meus primos, minha tia, minha mãe, o marido dela e o amigo da gente e ele nos seguiu, e quando paramos ele ficou esperando em um canto, todo mundo voltou e isso gerou uma conversa do dia todo. Aquela coisa de "Ah, a gente conseguiu escapar de um cara que estava nos cercando", bem bobo, mas quando você nota o quão perigoso poderia ter sido, fica feliz por ter escapado disso.

Depois de chegamos sãs e salvos em casa, houve outro apagão, mas ai todo mundo estava em casa, eu peguei minha lanterninha - não me perguntem porque eu levei uma lanterna, porque nem tenho uma resposta coerente pra isso - e fiquei iluminando a parte da frente da casa enquanto todo mundo conversava. A gente só foi dormir mesmo quando a luz voltou e eu nem pude mais ler, porque minha bateria ficou fraca... 

Na manhã do dia primeiro, havíamos resolvido no dia anterior, fomos para a praia. Achei que o dia ia ser bom a partir dai. Só que como eu sou burra e estava animada para pegar um sol, me encharquei de bronzeador e fiquei ali no sol. Eu não sou fã de ficar no sol o tempo todo, porque uma vez peguei uma insolação. Tinha passado o dia todo na praia, só que a noite eu me senti mal, fiquei morrendo de dor de cabeça e fui para no hospital. 

No dia primeiro a coisa foi diferente... Eu realmente passei o tempo todo na praia, pegando sol, me encharquei de bronzeador diversas vezes e sempre ia pra água pra ver se melhorava... Mas minha pele estava ardendo. (Passei dias e mais dias reclamando da minha pele.) E eu bebi refrigerante o dia todo, porque não havia água lá... O que acontece é que fiquei super desidratada e mal pra caramba. Ai disse "Não vou mais na praia esse ano", o que devia até ser proibido de dizer, porque eu amei ficar super bronzeada. 

Como eu já disse pra todo mundo "Minhas pernas de rata de biblioteca se foram", porque minha perna tá bronzeada agora, fazia um tempo que eu nem tomava sol, nisso ai, a coisa foi boa. Mas ai eu voltei pra Salvador, com a pele ardendo ainda e minha amiga me ligou "Bora pegar uma praia" eu não ia, mas a galera ia estar lá, fazia um tempo que eu não via e fui persuadida, então o que a bonita fez ? Foi, é claro. As meninas marcaram, eu acordei me sentindo super mal, meu estomago estava revirando, nem sabia porquê. 

Mas eu fui. Tava já animada para a praia. A gente pego um ônibus - eu e uma amiga - e as meninas - nossas outras amigas - pegaram o mesmo ônibus que a gente. Eu fui de casa até a praia reclamando do estomago, dizendo que estava mal e cantando a musiquinha da Kim Possible - ok, eu tava cantando muitas músicas, mas é que eu gosto mesmo dessa - para "acalmar meu estomago". E quando chegamos na praia, ficamos esperando os garotos, só que no ponto.

Até ai, tudo quase bem. Eu já tava sentindo o que ia acontecer e me aproximei da pista, então meu estomago rejeitou tudo. Segundo as meninas, quase fui atropelada por um ônibus, porque me agachei para vomitar na pista. Um ônibus passou e o rapaz olhou para mim e disse "Ih, é cachaceira", eu disse que não, como pude, e uma das minhas amigas riu de lá e disse "É cachaça sim", só consegui rir quando me levantei. 

Depois de me recuperar de mais um dos meus vexames públicos - nós fomos para a praia. A tarde foi ótima e antes de sairmos chegou um rapaz que pediu para trançar meu cabelo. Chegou dizendo que meu cabelo era Black e que não podia ficar bagunçado - tipo, depois de molhar o cabelo e perder o lenço que eu havia levado na água, o bicho pegou pro meu cabelo... - E então ele disse que era o salão em pessoa e trançou meu cabelo. Se apresentou lá como Mona, cantou um dos meus amigos, tive até medo que minha amiga fosse discutir com ele porque... - Bem foi hilário, não saberia descrever o quão hilária foi a chegada de Mona -  ... 

O negocio foi, depois de muita conversa, um cabelo totalmente trançado e muita risada, nós fomos embora. Deixamos Mona para trás, e rimos muito. O pessoa que não foi, depois das postagens no facebook com muita história e riso, se arrependeu de não ter ido... Foi maravilhoso. E apesar de eu ter dito que não iria mais para a praia, já estou planejando a próxima vez que vou a praia... Ah sim, como alegria de pobre dura pouco e especialmente a minha, parece durar menos ainda, eu estou despelando, pensem ai, achei que ia voltar para as aulas com um bronzeado maravilhoso... Só nos meus sonhos...