Resenha — A Seleção de Kiera Cass


"— Está tudo bem, querida? — ele perguntou.
— Eu não sou sua querida." 
(Diálogo entre America e Maxon)





Eu estou de volta. Imagino que vocês, leitores do blog, já tenham ouvido isso umas milhares de vezes. Realmente estou sem muito tempo esses últimos semestres, esse principalmente. Ainda assim tenho tentado arranjar tempo para escrever. E mais que isso, tempo para escrever resenhas, faz mais de um ano que não posto uma resenha. E o que melhor do que reestrear com o livro "A Seleção" ? Então venham comigo e viagem e na analise dessa surpreendente distopia!

Para começar, confesso que sou um pouco preconceituosa com algumas histórias. Infelizmente, é algo que tenho aprendido nesse ano a mudar e aceitar. A principio, quando ouvia falar de 'A Seleção' eu pensava ser um livro que tratava de romance e futilidade... Eu realmente não entendo porque o pre-julgamento com esse livro, só sei que eu fiz isso e que me arrependo amargamente. Porque o peguei pra ler hoje, pela madrugada e agora estou aqui, jogada aos pés de Kiera Cass totalmente apaixonada pela história que ela criou.

O livro é narrado em primeira pessoa, pela personagem principal, America Singer. Ela conta um pouco sobre o país em que mora, Illéa. Que é um país monárquico, fala sobre a formação do país, das regras e das castas. Gostaria de falar um poucos das castas porque achei algo bem interessante. Sempre ouvi falar em castas quando ouvia falar da Índia, por exemplo. E para quem conhece, é quase isso. São como classes sociais, mas com algo ainda mais definido, porque cada casta é destinada há alguns tipos de profissões. A casta seis é a dos trabalhadores, a 5 dos artistas...E por ai vai. A primeira casta é a da nobreza e a última é a dos rejeitados.

Existe uma regrinha peculiar nesse país monárquico. Todos devem se casar virgem, quem descumpre essa regra pode 1) Ir preso 2) Ter seus filhos jogados na última casta, a 8. Pelas descrições de America, e pelas ações do livro, podemos ver que as castas abaixo de 4 já são tratadas com preconceito. É, infelizmente, o mesmo que acontece na nossa sociedade. Toda essa divisão de classes a,b,c,d... É uma comparação justa e digna com a realidade.

A história começa falando dessa Seleção, que é algo que o reino faz quando o príncipe da época deseja ou precisa casar-se. Ao invés de dá-lo a matrimonio a alguma nobre, moças de várias regiões do país se inscrevem para um sorteio que escolherá 35 delas para conviverem com o príncipe até que ele escolha apenas uma para ser sua esposa. America é a exceção da história, ela não queria de forma alguma participar da seleção, acha até um pouco idiota, mas acaba se inscrevendo. E é uma das sorteadas.

Talvez isso não pareça tão interessante, visto assim ou até mesmo clichê. Mas as garotas que são escolhidas para a seleção ganham não só uma ajuda econômica da coroa, como também ganham um status perante a sociedade, ainda mais para as moças de castas mais baixas, é bem importante. As famílias ficam felizes e a de America fica mais ainda. Ela tem uma mãe que é louca para que ela entre no concurso, ala sra. Bennet, um pai que a ama, mas que fica feliz com a ajuda financeira que eles ganharão com a seleção. E tem alguns irmãos, dois mais velhos que são citados e aparecem muito pouco. E os dois mais novos, de quem America sempre se lembra ou cita.

A "aventura" dela começa realmente a partir dessa nova oportunidade. Conviver com um príncipe que ela só viu pela tv e que ainda assim considera meio afetado e superficial, mas ao longo da sua convivência muito do que ela pensa em relação ao príncipe muda e ele descobre de fato porque ela está na seleção... Dizer mais que isso seria spoiler, então prefiro que vocês entendam sozinhos a relação de Maxon e America, que antes mesmo de ser algo romântico, é uma construção de amizade.

Falei lá em cima que o livro é uma distopia, mas poucos expliquei além das castas e das regras estanhas dessa sociedade, como ser preso caso esteja na rua após o toque de recolher... O que o livro fala muito é sobre a relação dos rebeldes que tentam invadir o castelo. A sociedade que deveria ser perfeita, ou ao menos chegar perto disso, já mostra que tem os seus defeitos de fábrica. Uma das características da distopia. O envolvimento politico, a forma como eles tentam resolver os problemas do país... E tentando disfarçar que existem problemas, tentando mostrar uma sociedade idealizada, só força e escancara o quão frágil é essa sociedade e como pode ser difícil viver (ou sobreviver) nela. 

O livro conta é claro com o o humor sarcástico de America, a calma e o charme de Maxon, as diversidades e problemas enfrentados pelas Selecionadas... Tem histórias e sub histórias, tem mistérios por detrás desse governo aparentemente "quase transparente" e tem sua dose de diversão, de dever e de suspense. É uma história que, apesar de ser narrada em primeira pessoa, flui bem e mesmo com o triângulo amoroso entre dois caras e uma garota (algo já super batido e debatido), não acaba com a história. Até me fez ficar um pouco balançada. Torcendo para um dos dois (caras), mesmo tendo o seu favorito... (Sim, eu tenho um favorito).

Fico feliz por ter lido o livro, já estou terminando a resenha e pronta para me jogar no segundo da série (mesmo com outros livros na frente dele na minha lista de leitura). Eu espero que vocês leiam o livro ou se já leram, comente o que acharam, se gostaram, se são #teamMaxon ou #teamAspen 









Resenha — A Seleção de Kiera Cass Resenha  — A Seleção de Kiera Cass Reviewed by A escritora sonhadora on 23:05 Rating: 5

3 comentários

  1. Ameeeeiii! Todo mundo indica muito esse livro e eu sou doida pra ler. Depois de sua resenha vou comprar com certeza! E até mesmo fazer uma depois...
    http://meninadalivraria.blogspot.com.br/

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    1. Quero ver sua resenha ein?! Bem, esse livro é realmente bom. Ele não cumpre o que promete quando dizem que é uma distopia, mas é um bom romance, então, leia que é mara. Obrigada pelo comentário.

      Beijoos!

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