Diário de Uma Azarada — Viagem, Banheiro, Velhinho, "Eu tô com fome", Meg Cabot, Monstrinho.



Olá, sonhadores. Como estão ? Eu estou ótima. Acabei de voltar de viagem. Uma segunda viagem em mês dua duas semanas. E agora decidi que o Diário de Uma Azarada será semanal. Toda segunda vocês terão um pouco mais das minhas loucuras diárias. Hoje eu resolvi falar da minha viagem para Cachoeira. Eu falei das partes incríveis, divertidas, mas eu posso falar das horríveis também, não é ?!

Eu viajei na sexta-feira (16), antes das três da tarde eu já estava no ônibus, com várias roupas e nenhum livro. Eu fui ver Meg Cabot contando com a sorte de conseguir comprar um livro lá. E fui a viagem toda pensando em como seria, comecei a conversar com um rapaz que se sentou ao meu lado no meio da viagem. Já em Santo Amaro, eu resolvi que precisava ir ao banheiro e não podia espera. Mas eu tenho apenas uma coisinha contra banheiro de ônibus: tudo. 


Não basta ser um banheiro que costuma estar sujo sempre, que está em movimento, ainda tem o fato de que você pode molhar tudo, se molhar, se balançar demais. E eu, como não aprendo a lição, resolvi ir nesse banheiro. Eu bati na porta e antes de entrar perguntei aos rapazes dos bancos perto do banheiro se havia alguém dentro, como ninguém respondeu, eu abri. O que encontrei ? Ah, isso me fez rir por minutos a fio.

Um velhinho, olhando para minha cara com uma expressão assustada e sentado no vaso do ônibus. Eu fechei a porta rapidamente, mas então comecei a rir. Fui para meu lugar e quando voltei ao banheiro, ele estava vazio de verdade. Então, como sempre, me tranquei lá e tentei fazer xixi. Pense em uma maratona, triplique a dificuldade. Eu não sabia se ria, se chorava, se tentava vencer a gravidade. Só sei que deu. Consegui.E então me lembrei de um caso parecido.

Uma vez viajei com minha tia do interior para a ilha e eu fui ao banheiro, fui fazer xixi, tentei, tentei e consegui fazer, mas ai eu não consegui sair do banheiro e tentei e tentei e nada de conseguir. Bati na porta e eu deveria ter uns 10 anos e era horrível eu não sabia mais o que fazer, pensei se alguém iria me socorrer ali, se eu ficaria perdida... E depois de mais de meia hora de viagem, de desespero e de batidas na porta (minhas, claro), minha tia consegue destrancar e me olha chocada: 

"— Já estava me perguntando que diabos você tanto fazia no banheiro". Acreditem ou não, já estávamos há poucos minutos de onde saltaríamos.

Então, naquele banheiro fétido, quente e pequeno eu me vi na mesma situação de quase 10 anos antes. Eu estava presa na porra do banheiro. Eu eu bati um monte de vezes até os caras que estavam sentados na frente do banheiro abrissem. Eu já saí tonta e me deitei em dos bancos, já que o ônibus estava vazio. Cheguei um pouco depois e a viagem seguiu seu curso.

No domingo, dia que eu fui tentar a sorte grande de ver Meg Cabot, escritora de A mediadora e diversos outros livros que são bons, mas jamais superarão a série (na minha opinião). Como eu sou quase a rainha do drama, eu cheguei lá sete horas, que na verdade era seis horas, por causa do horário de verão. E fui a primeira a ficar na fila para conseguir uma pulseirinha pra falar com Meg Cabot. E, embora tenha levado dinheiro, fiquei das 6 até as 13:00 da tarde sem comer absolutamente nada. 

E, quando consegui o autografo de Meg (pude conferir nas fotos depois), meu sutiã saiu aparecendo nas duas fotos que estou com ela. Imagina ai ?! Ok, estamos ótimas, mas foi hilário ver isso depois. Quando finalmente sai, pronta pra comer e ir para o ônibus direto pra casa, eu fui para o Subway, peguei uma fila enorme porque não tive tempo de comer a Maniçoba, que tanto ouvi falar.

Cheguei na casa de minha tia, que eu tava hospedada e não achei ninguém. E eu tava louca pra ir pra casa, cansada, com os pés doloridos, a cabeça quase explodindo, comecei a chorar e logo depois minha tia chegou e dizendo que desencontramos. Senti como se fosse uma adolescente novamente, mas chorei por causa dos hormogôneos e dos pés, vai por mim, quase sete horas com uma sapatilha não é dose. 

E então minha tia disse que tinha uma carona pra mim. Eu relutei, mas tava tão cansada que aceitei, tomei um banho, tirei um cochilo, comi um pouco e esperei a carona. Pensei ai, chegou um amigo de minha tia, com os dois filhos, dois e quatro anos de idade. Entramos no carro, depois da despedida e partimos. Eu e ele começamos a conversar e uma papo ótimo, mas então o que acontece ? O menino mais novo se solta da cadeirinha.

Foi o primeiro indicio de que, embora fosse ótimo conversar com uma pessoa de uma visão diferente, eu ia ter uns mil troços com a criança, que havia consegui me fazer virar para trás várias e várias e várias vezes durante um período curto. O menino saiu duas ou três vezes da cadeirinha. Bateu no irmão e, como estava difícil manter ele lá, o pai dele decidiu que ele podia vir no meu colo. E eu pensando "Tudo bem, eu já cuidei dos meus primos, está ótimo. 

Só tenho duas palavras para meu pensamento inocente: Ledo Engano. O menino relutou pra sentar no meu colo, mas sentou e etão começou a espernear, se jogava pra lá, pra cá. Tentei a todo custo, em um momento ele segurou meu dedo e sem que eu percebesse, tão rápido foi sua ação, levou até a boca e mordeu. Eu dei um grito e senti a dor do meu dedo. O menino me deu cabeçadas, tentou se livrar de mim. 

E eu chocada, como aquela crianças tava fazendo tudo aquilo ? Antes que eu pudesse pensar em algo o menino mordeu meu braço, uma dor tão grande que parecia que os pequenos dentinhos dele tinham perfurado minha pele. O pai dele viu que não tava dando certo, mas ainda assim deixou ele na minha mão. Eu, que já estava levemente enjoada, senti uma vontade alucinante de colocar tudo que comi pra fora. Pedi às pressas que o pai do menino parasse o carro, eu precisava vomitar. Ele pegou o menino rápido e eu só tive tempo de virar e colocar tudo pra fora.

Não é que a criança se assustou e ficou quietinha ? O motivo da minha tontura e lodo depois do vômito foi virar de depois em dois minutos para olhar a criança enquanto o carro fazia voltas. Minha cabeça dose primeiro e depois o enjoo. Confesso, que no final eu estava exausta. Minha despedida do pai e dos meninos foi cheia de alegria porque aquela criança minou minhas forças. 

E vou lhes contar, o meu braço doeu quase o resto da semana toda. Contando aos colegas todos riram de como fui massacrada por um bebê de dois anos. 












Diário de Uma Azarada — Viagem, Banheiro, Velhinho, "Eu tô com fome", Meg Cabot, Monstrinho. Diário de Uma Azarada — Viagem, Banheiro, Velhinho, "Eu tô com fome", Meg Cabot,  Monstrinho. Reviewed by A escritora sonhadora on 22:16 Rating: 5

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